Isso não é um Prefeito é um pai! Empregou a mulher com um salário de quase 20 mil reais e dias depois deu férias

Por Redação 

 

Nem bem Rayssa Furlan assumiu o cargo de secretária Municipal de Mobilização e Participação Popular (SEMMPP), para o qual foi nomeada no dia 3 de janeiro pelo marido, o prefeito de Macapá, Antônio Furlan (MDB), e já está com férias programadas para as próximas semanas. Um emprego desses é o sonho de nove entre dez macapaenses, afirmam, em tom de zombaria, experimentados observadores do cenário político local.

 

Há quem defenda a medida como “normal”. Afinal, a esposa deve acompanhar o marido sempre que possível. Mas, não agora, com responsabilidades do cargo de Provimento em Comissão em uma área considerada nevrálgica para o desenvolvimento de estratégias visando o aprimoramento da qualidade de vida dos munícipes.

 

Somente pela gravidade da nomeação em si, o que vem provocando acaloradas discussões acerca do nepotismo e do uso do cargo político para objetivos pessoais, o casal Furlan já é passível de punibilidade devido à ilegalidade do ato, considerado improbidade administrativa, e que também viola os princípios da Constituição Federal.

 

Já a Lei Orgânica de Macapá permite a criação de cargos comissionados, contudo impõe limitações para coibir o nepotismo. A prática de designar familiares de autoridades para essas posições é recorrente em diversos municípios do Brasil, gerando críticas devido à possibilidade de conflitos de interesse e à favorecimento de grupos políticos na administração pública.

 

Para o prefeito Antônio Furlan, acostumado às práticas transversas enquanto gestor da capital amapaense, ter a própria mulher no primeiro escalão de seu governo não constituí ato criminoso. “Não no entendimento dele, desprovido de qualquer capacidade crítica ou autocrítica”, enfatizam especialistas em gestão pública ouvidos pela reportagem do portal.