Vergonha: secretário de educação de Furlan é exonerado por favorecer sua tia com um contrato de 300 mil reais por ano.

Vergonha: secretário de educação de Furlan é exonerado por favorecer sua tia com um contrato de 300 mil reais por ano.

Por Redação 

 

Quem é Madson Millor Rodrigues? Pelos cargos que ocupou e ainda exerce, é um importante burocrata. Ele, que também é secretário municipal de Educação na administração de Antônio Furlan (MDB) e Analista de Tecnologia da Informação no governo do Amapá, é sobrinho de Marli Santana Rodrigues, que é dona de um imóvel alugado para a Semed pelo valor "irrisório" de R$ 300 mil/ano.

Nos últimos dias, Madson tem ganhado amplo destaque na imprensa do Amapá por suspeita de ter praticado o crime de nepotismo, uma infração administrativa prevista na Lei de Improbidade Administrativa (Lei no 8.429/92). Essa infração pode resultar em sanções como o pagamento de multa, suspensão dos direitos políticos, perda do cargo público e proibição de contratar com o governo.   

Segundo as investigações em curso, Madson celebrou um acordo de aluguel no valor de R$ 25 mil/mês de um prédio com a imobiliária DB Imóveis, especializada em locação de residências, situada na avenida Padre Júlio Maria Lombard, 1092, no centro de Macapá.

A propriedade, localizada na avenida Feliciano Coelho, 500, no bairro do Trem, funcionaria como um anexo à estrutura administrativa da divisão de material e patrimônio da Semed. 

O ex-diretor-presidente da Macapá Previdência (MacapaPREV), firmou o contrato de aluguel em 20 de novembro de 2024. Quase seis meses depois, ele já transferiu para a DB Imóveis, oficialmente a gestora do prédio, cerca de R$ 155 mil.

Segundo o advogado Hilton Leôncio Silva Pontes, especialista em crimes contra a administração pública, o gestor público que utiliza seu cargo para favorecer um parente com aluguel de imóvel pode ser enquadrado no crime de nepotismo. Esse tipo de prática viola os princípios de impessoalidade e igualdade na gestão pública. "Esse comportamento é proibido pela Constituição Federal e pode resultar em sanções para o funcionário público", destaca ele.