Com prestígio em Brasília, Governador Clécio Luís intervém em audiência pública do ICMBIO sobre a criação das reservas extrativistas marinhas no litoral do Amapá

Por Redação
Por interveniência do governador do Amapá, Clécio Luís Vieira, o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Oliveira Pires, determinou a suspensão das consultas públicas previstas para acontecer a partir do dia 30 de abril, destinadas à apresentação e discussão das propostas de criação das Reservas Extrativistas Marinhas no litoral do Amapá, que ocorreriam nos municípios de Oiapoque, Macapá, Amapá e Calçoene.
Na manhã da segunda-feira, 28 de abril, o órgão veiculou nota explicando que as consultas públicas tinham sido adiadas "por decorrência da constatação de uma intensa campanha de desinformação e divulgação de inverdades ocorrida nos últimos dias no estado do Amapá. Como zelamos pela transparência e pela garantia de condições adequadas para o esclarecimento e a promoção de um debate público qualificado sobre as propostas, optamos por ampliar o tempo destinado à discussão."
O argumento é confirmado por Vieira, que acrescenta a existência de uma grande polêmica na última semana, gerando muitos debates no Amapá. "Trata-se das consultas públicas que o ICMBio pretendia realizar para a criação de novas reservas marinhas, uma área de 12 milhas náuticas, aproximadamente 19 quilômetros ao longo da costa do Amapá. Isso gera uma grande tensão, pois estamos à espera de uma resposta positiva do licenciamento para a pesquisa de petróleo. Esse é o tema principal, e a ausência dessa resposta aumentaria certamente os conflitos já existentes", disse ele.
Em vídeo circulando nas redes sociais, o governador enfatizou que o Amapá não tolerará novos obstáculos que interfiram na exploração do potencial petrolífero da Margem Equatorial. De acordo com ele, a introdução de um novo tópico provoca conflitos e eleva o grau de tensão. "Existe uma diferença entre o petróleo e a atividade dos pescadores artesanais, e um pode comprometer o outro", esclarece.
Ainda de acordo com Clécio Luís, "uma coisa é o licenciamento da pesquisa de petróleo para a nossa Petrobras, outra coisa é termos alternativas que concordo também para favorecer os nossos pescadores artesanais. No entanto, não podemos colocar uma atividade econômica contra a outra, nem os pescadores artesanais contra o petróleo. Nós podemos harmonizar uma atividade econômica com a outra, dando um exemplo para o mundo de sustentabilidade e preservação ambiental", garantiu Vieira.