População ribeirinha reconhece ações da UBS fluvial tratada como prioridade na gestão do ex-Prefeito Clécio Luís enquanto a mesma segue abandonada por Furlan
Por Redação
A HISTÓRIA BEM-SUCEDIDA DE UMA GESTÃO PROFICIENTE
Ao assumir o cargo de prefeito de Macapá em 2013, Clécio Luís encontrou uma administração municipal em estado crítico, legado deixado por seu antecessor. As secretarias estavam em ruínas, sem os móveis e equipamentos necessários para os novos gestores. Para piorar, a cidade enfrentava sérios problemas, como um serviço público com salários atrasados que ultrapassavam R$ 20 milhões, uma dívida acumulada que já passava de R$ 250 milhões, além da ausência de coleta de lixo e várias unidades de saúde e escolas em estado de abandono.
No final de dezembro de 2020, com apenas algumas horas restantes para finalizar seu segundo mandato à frente da PMM, Clécio Luís se preparava para passar a administração para o novo prefeito, Antônio Furlan, que havia sido eleito e era do partido Cidadanias. Ele entregaria uma prefeitura com as contas em dia e um orçamento previsto de R$ 1,2 bilhão para o ano de 2021. Além disso, Clécio deixava para seu sucessor aproximadamente R$ 261 milhões disponíveis para iniciar e concluir 89 obras em andamento.
Durante os oito anos de sua administração na PMM, Clécio implementou iniciativas significativas em duas áreas essenciais para a população de Macapá: saúde e educação. No campo da saúde, ele garantiu que as Unidades Básicas de Saúde continuassem a operar e expandiu a atenção básica em 40%, proporcionando medicamentos e reforçando as equipes de atendimento.
Além disso, 2.873 profissionais que trabalhavam no SUS receberam capacitação. Houve investimentos na infraestrutura de academias, com um total de dez ao ar livre e uma dedicada à saúde.
Dentre as ações notáveis, destaca-se a inauguração da UBS Fluvial “Dra. Célia Trasel”, carinhosamente conhecida como “A Doutora”, que ofereceu serviços de consultas médicas, enfermagem, atendimento odontológico, vacinação, coleta de PCCU, curativos e distribuição de medicamentos para as comunidades mais remotas, incluindo as do Arquipélago do Bailique.
A REALIDADE DE UMA GESTÃO MARCADA PELA INCOMPETÊNCIA
De acordo com informações divulgadas pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), órgão responsável pela gestão financeira do país, subordinada ao Ministério da Fazenda, em apenas quatro anos, o superávit deixado pelo ex-prefeito Clécio Luís havia virado um déficit milionário, uma dívida volumosa nas mãos do prefeito Antônio Furlan (MDB).
Conforme a STN, a Prefeitura de Macapá estava (e continua) gastando muito – mas muito mesmo – do que arrecada (veja o valor do cachê de R$ 500 mil pago ao cantor Belo, que se apresentará no aniversário de Macapá).
Já no primeiro semestre de 2021, o rombo tinha alcançado R$ 65,4 milhões. Fechou 2023 em R$ 242.385.787. E em 2024, fim do primeiro mandato de Furlan, já que ele foi reeleito em outubro, aproximava-se dos R$ 400 milhões.
Enquanto Antônio Furlan esbanja o dinheiro público com festanças e rega-bofes, o Arquipélago do Bailique vive abandonado pela PMM. A condição socioeconômica dos mais de 11 mil ribeirinhos que habitam as sete ilhas a leste do Amapá atingiu níveis alarmantes, em decorrência da salinização das águas doces na foz do Rio Amazonas, o que coloca em risco a sobrevivência de centenas de famílias.
Ademais, o fenômeno das terras caídas, que ocorre devido ao deslizamento das encostas e ao assoreamento dos rios, agrava ainda mais a situação.
Segundo especialistas em saúde pública consultados pelo portal, essa condição deplorável compromete, sobremodo, a saúde da população que, na gestão de Clécio Luís, recebia toda a atenção com a UBS Fluvial. A embarcação começou a navegar em 17 de maio de 2019, e atuou de forma ativa, atendendo as 52 comunidades do Arquipélago do Bailique até janeiro de 2021. Depois disso, só navegou em mais três oportunidades.
Hoje, o investimento de R$ 1.955.029,00, proveniente de emendas dos senadores Davi Alcolumbre (União) e Randolfe Rodrigues (PT), além do deputado federal da época, André Abdon, e da contrapartida da PMM, está se deteriorando em espaço aberto.
Antônio Furlan, responsável em cuidar do projeto, essencial para milhares de famílias ribeirinhas, está deixando a ferrugem corroer o dinheiro público, e gastando o restante com futilidades.