Símbolo de impunidade de corrupção da gestão Furlan, secretário de obras, Cássio Cruz, acusado de receber propina vira garoto propaganda da PMM.
Queridinho de Raíssa Furlan

Por Redação
Em setembro de 2024, a Polícia Federal realizou buscas na residência do prefeito de Macapá, Antônio Furlan (MDB). A operação tinha como objetivo investigar suspeitas de desvios de recursos públicos relacionados a uma obra de urbanização na cidade, conduzida pelo secretário municipal de Obras e Infraestrutura Urbana, Cássio Cleidsen Rabelo Cruz. Na ocasião, foram cumpridos dez mandados de busca autorizados pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Quase um ano antes, o empresário Claudiano Monteiro de Oliveira havia contado ao delegado Francisco Assis Pereira da Silva, durante um depoimento no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública do Pacoval (CIOSP/Pacoval), em Macapá, que tinha subornado Cássio Cruz para garantir um contrato de obras de urbanização, paisagismo e aterro hidráulico na rua Beira-Rio, na orla de Macapá. Depois, ele confirmou essa mesma denúncia em uma audiência por videoconferência com o juiz Diego Araújo, responsável pela 1ª Vara Criminal de Macapá.
Conforme declarações de Claudiano Oliveira à justiça amapaense, o contrato investigado pela PF era de R$ 10,3 milhões. O valor foi repassado pelo governo federal para a urbanização, paisagismo e aterro hidráulico da rua Beira Rio. Ele também declarou ao magistrado que a propina seria dividida com o "chefe" do secretário. Não mencionou nomes.
Após 20 meses, mesmo com as investigações em andamento realizadas pela Polícia Federal, o secretário Cássio Cruz permanece no cargo, apoiado pelo próprio emedebista. Como resultado, Furlan iniciou seu segundo mandato em janeiro passado, agora apoiando alguém suspeito do cometimento de graves crimes no exercício de função pública. Como prêmio, o secretário ganhou mais espaço na administração municipal, tornando-se personagem destacada, e com grande influência, inclusive, tendo liberdade para conduzir a SEMOB conforme os interesses mais controversos de seu chefe, o prefeito de Macapá, Antônio Furlan.